Este é o quinto artigo de uma série sobre usabilidade na Web, baseada no livro “Não me faça pensar!“, do autor Steve Krug.
Omita palavras desnecessárias
A terceira lei de usabilidade de Krug diz: “Livre-se de metade das palavras de cada página e depois da metade das que restaram”.
Segundo Krug, é muito fácil remover metade das palavras de uma página e torná-la mais simples e fácil de entender. A grande maioria das páginas contém textos que servem para “fazer volume”, que realmente não trazem nenhum valor adicional.
Reduzir o número de palavras:
- Reduz a confusão na página
- Destaca o que é realmente útil
- Deixa as páginas menores, permitindo uma melhor avaliação visual
Remova o “papo bobo”
É fácil reconhecer em qualquer texto o que Krug chama de “papo bobo”.
O “papo bobo” é aquele texto introdutório, que contém muitas palavras bonitas, mas que possui pouco conteúdo.
Imagine um site vendendo um Anti-Vírus. Você vai até o site procurando mais informações sobre o produto, como qual seu preço, quais as funções ele tem (protege seus arquivos, seu e-mail, etc.), e quais são os requisitos mínimos para que ele rode no seu computador.
Você chega ao site, e vê um texto introdutório dizendo “que nos dias de hoje as ameaças digitais estão cada vez piores, e que a proteção do seu computador é crucial, para evitar perdas de informações importantes como arquivos pessoais, mensagens, senhas de bancos e”… e por aí vai, com parágrafos e parágrafos de “papo bobo”.
Será que toda esta informação é realmente necessária? O site não ficará mais útil e claro sem ela?
Remova as “instruções de uso”
Outra fonte de palavras desnecessárias são as instruções de uso do site.
Os usuários já são relativamente bem treinados a usar sites, e deste modo não é necessário ensiná-los o que fazer na maioria das vezes.
Por exemplo, em uma pesquisa de opinião seu site pode dizer que a pesquisa servirá para avaliar as necessidades dos usuários, e que o resultado irá ajudá-lo a melhorar os serviços oferecidos e o próprio site. A página poderá explicar que serão solicitados dados pessoais, mas que eles não serão utilizados de maneira indevida ou divulgados para terceiros, e que eles servirão somente para … “bla bla bla”.
A versão “simples” dessa página poderia simplesmente dizer: “Nos ajude a melhorar nosso site informando sua opinião. Seus dados pessoais não serão divulgados”.
Como continuar a partir daqui
Com este artigo terminamos esta série sobre o livro “Não me faça pensar!”.
Comentamos nestes artigos os primeiros capitulos do livro, que incluem as informações mais básicas (mas não por isso menos úteis) sobre usabilidade Web. Estes capítulos representam aproximadamente um terço do livro.
Os próximos capítulos contém informação mais técnica e mais extensa, e comentar todas estas questões está além do escopo deste blog.
Se você gostou do que leu até agora e quer saber mais, recomendamos que adquira uma cópia do livro e continue a leitura. Os próximos capítulos falam sobre o projeto de navegação do site (capítulo 6), o projeto de uma boa página inicial (capítulo 7), como gerenciar diferentes equipes envolvidas na criação do site (capitulo 8), testes de usabilidade (capítulo 9), como não disperdiçar a “boa vontade” dos seus visitantes (capítulo 10), acessibilidade e CSS (capítulo 11) e como lidar com decisões ruins sobre o site vindas de pessoas importantes – “Meu chefe quer que eu…” (capítulo 12).