Este é o quarto artigo de uma série sobre usabilidade na Web, baseada no livro “Não me faça pensar!“, do autor Steve Krug.
Por que os visitantes gostam de escolhas impensadas
Segundo Krug, há muita discussão sobre qual o número máximo de cliques que um usuário deve fazer até que chegue ao que deseja, antes que se sinta frustrado.
Alguns sites até possuem regras dizendo que a profundidade (número de cliques máximos até se chegar a uma página) do site não deve passar de 3 cliques.
Krug acredita que este número é realmente um critério importante, mas mais importante ainda é quão difícil é cada clique, ou seja, quanto raciocínio é necessário para executá-lo.
A segunda lei de usabilidade de Krug é: “Não importa quantas vezes eu tenha que clicar, desde que cada clique seja uma escolha óbvia e não ambígua”.
Obviamente o número de cliques também importa bastante caso as páginas sejam pesadas e lentas, que neste caso podem não exigir raciocínio, mas exigirão paciência.
De modo geral pode-se dizer que os visitantes não se incomodam com o número de cliques, desde que eles não deem trabalho e que não gerem dúvidas se o caminho sendo seguido está correto.
Alguns exemplos de problemas ocorrem em sites onde o usuário procura um produto, como um Anti-Vírus por exemplo, e encontra links como “Para sua Casa” e “Para seu Escritório”.
Nem sempre estas opções estão claras para quem as está usando. E seu eu trabalhar em casa, qual opção escolho? Os produtos que vou encontrar são diferentes? O preço será diferente? Qual a razão desta escolha, se só quero um Anti-Vírus para o meu computador?
As respostas para estas questões provavelmente são claras e óbvias para quem criou o Anti-Vírus e o site, mas podem não ser tão claras para os visitantes.
Talvez este exemplo seja um pouco “forçado”, mas ele ilustra um caso típico em que é exigido um certo raciocínio extra do visitante que poderia ser evitado.
Até o próximo artigo!