Não me faça pensar!

Este é o primeiro artigo de uma série sobre usabilidade na Web, baseada no livro “Não me faça pensar!“, do autor Steve Krug.

O termo usabilidade é empregado neste contexto como uma medida sobre quão fácil é a utilização de um site.

As técnicas de análise da usabilidade de um site empregadas pelo autor são resultado de anos de muito estudo e prática no trabalho de otimização de sites, para que estes se tornem mais fáceis de usar e com isso mais eficientes.

Ao longo desta série de artigos vamos comentar estas técnicas.

Não me faça pensar! – Primeira lei de Krug sobre usabilidade

A primeira e mais importante constatação sobre usabilidade é que as pessoas não gostam de pensar.

Parece óbvio que uma página deve ser de fácil compreensão, mas geralmente o que é fácil para quem compreende bem um assunto não é tão fácil assim para quem sabe muito pouco sobre ele, e isto acaba levando a páginas mais complicadas do que deveriam ser.

Uma página que não faz as pessoas pensarem gera frases com afirmações, como “este é o link que eu vou clicar”, “aqui está o produto que eu procuro”, ou “estas são as ofertas do dia”.

Uma página que faz as pessoas pensarem leva a frases com perguntas, como “será que posso clicar aqui?”, “onde está aquele produto?”, “porquê isto tem este nome estranho?”.

Coisas que fazem as pessoas pensarem ao visitar suas páginas

Textos e imagens considerados grandes “sacadas” de design nem sempre são as melhores opções, pois fogem do óbvio, do comum a que todos estão acostumados.

Isso faz com que as pessoas tenham que pensar ao vê-los.

Por exemplo, um botão com um formato em 3D praticamente convida o usuário a clicá-lo.

Já um botão achatado ou com um formato irregular fora do padrão, nem sempre tem este efeito, e algumas vezes pode até nem ser notado.

Uma caixa de procura com muitas opções é outra fonte de confusão.

É muito mais fácil simplesmente digitar um termo de procura e obter um resultado (como fazemos no Google), do que digitar uma palavra e então ter que selecionar em que categoria desejamos fazer a procura (por exemplo, procurar um livro tendo que dizer se é pelo título, pelo autor, etc).

Nem sempre o óbvio é possível

Muitas vezes criar elementos óbvios não é possível.

Talvez você tenha realmente inventado algo muito interessante e útil, mas que não é tão conhecido ainda.

Neste caso você deve pelo menos tornar sua página o mais auto-explicativa possível, de modo que uma pessoa não familiarizada com ela possa aprender facilmente como utilizá-la.

Até o próximo artigo!

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